GEVA

Dr. Thomaz Lobo e Dr. Marcos Siqueira, docentes do Programa de Mestrado em Ciência e Tecnologia Ambiental, realizaram uma pesquisa sobre o lodo de esgoto compostado, em colaboração com a egressa de Ciências Biológicas, Bruna Morgada, e o Dr. Fernando Oliveira, membro da empresa de Tratamento de Água e Esgoto em Jundiaí – SP (TERA Ambiental).

O artigo intitulado “Diferentes Misturas de Substrato com Lodo de Esgoto Compostado Enriquecido e Substrato Comercial em Quaresmeira” foi publicado recentemente na revista Fronteiras e faz parte de um conjunto de trabalhos com espécies nativas que os docentes da USC têm trabalhado nos últimos anos. Para o seu desenvolvimento e elaboração, foram testadas diferentes misturas de resíduos com lodo de esgoto compostado enriquecido e substrato comercial (suporte para fixação das raízes das plantas) na espécie arbórea Quaresmeira, a fim de usar o resíduo na produção silvicultural, ou seja, regenerar e melhorar os povoamentos florestais com métodos naturais e artificiais. Por isso, é destacada a possibilidade da influência natural fornecida por meio do lodo de esgoto compostado. “A possibilidade de verificarmos a resposta fisiológica de espécies ainda não estudadas com o uso do lodo de esgoto compostado é de alta relevância e, reduzir o uso de substrato comercial também é muito interessante economicamente para os viveiros”, afirma Siqueira.

Por meio das pesquisas, foi possível apontar que, com o uso excessivo de influências artificiais, há necessidade de um equilíbrio entre o uso do substrato comercial e da combinação natural de lodo de esgoto compostado: “Avaliamos os efeitos do substrato com lodo de esgoto compostado e verificamos que, para a produção de mudas da Quaresmeira, é recomendada a utilização da combinação de lodo de esgoto e substrato comercial na proporção 50% e 50%”, explica Lobo.

O Grupo de Ecologia Vegetal Aplicada (GEVA) da Universidade do Sagrado Coração (USC) apresentou trabalhos no I Congresso de Biologia da Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho (UNESP), campus Bauru. Os trabalhos foram desenvolvidos nos últimos semestres e tiveram a contribuição da Profa. Dra. Beatriz Antoniassi, Prof. Dr. Thomaz Lobo, Prof. Dr. Gustavo Costa e o apoio dos viveiros Mudas Brasil e Aciflora.

Os alunos Francineide Araújo, Bianca Gea (do curso de Engenharia Agronômica), Valeska Tamachunas, Camila Soares e Vitor Yamashita (do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária) e Christopher Cardoso (egresso do Programa de Mestrado em Ciência e Tecnologia Ambiental) apresentaram dados de experimentos realizados com lodo de esgoto compostado para produção de mudas nativas. Por meio dos estudos realizados, contribuíram com um levantamento sobre as Feiras de Ciências em Bauru, e também com a melhoria de áreas em restauração no projeto Plantando Sorrisos, no qual trabalharam a questão do plantio com grupos específicos da sociedade.

Para o Prof. Dr. Marcos Siqueira, coordenador do GEVA, participações em eventos como este são fundamentais para preparar os estudantes para o que vier em seus futuros, tanto no âmbito acadêmico quanto no profissional. “A possibilidade dos alunos interagirem com outros alunos de outras universidades, em um evento deste porte, torna-os mais aptos para os futuros desafios que são as defesas de Iniciação Cientifica e Trabalhos de Conclusão de Curso”, aponta.

Matéria no site da USC

No dia 02 de abril, o Grupo Ecologia Vegetal Aplicada (GEVA) da Universidade do Sagrado Coração (USC) promoveu a 6ª edição do Plantando Sorrisos, atividade que tem como objetivo promover a sustentabilidade ambiental através de diferentes grupos sociais. A edição de 2018 foi realizada na APAE Bauru e trabalhou o tema “Autismo não é inimigo. O inimigo é o preconceito”. Foram plantadas 70 mudas de árvores nativas, doadas pelo Viveiro Aciflora de Bauru, em uma área de cerca de dois mil metros quadrados dentro da entidade.

No plantio, foram utilizados procedimentos específicos e inovadores com o objetivo de obter o desenvolvimento das plantas de maneira mais efetiva, como a técnica do coroamento com caixas de pizza, um mecanismo usado para abafar o solo e inibir a passagem de luz, evitando, assim, que o mato cresça, sufoque as árvores recém plantadas e as mate.

O Plantando Sorrisos promove a sustentabilidade através do plantio de mudas de árvores em áreas degradadas. A ideia surgiu no grupo GEVA que, por meio de seus estudantes de cursos de graduação e pós-graduação, desenvolve projetos no âmbito da ecologia e genética vegetal, bem como na área de educação ambiental.

Já foi realizado em cinco fases, sendo a primeira no Jardim Botânico de Bauru com as crianças da APAE; a segunda com os idosos na Vila Vicentina, contando com o apoio da Universidade Aberta à Terceira Idade (UATI) da USC; a  terceira com os reeducandos do Centro de Progressão Penitenciária “Prof. Noé Azevedo” (CPP III); a quarta com membros do grupo Amigas do Peito; e a quinta com 60 residentes, em recuperação, do Esquadrão da Vida, enfatizando o “não às drogas”.

É coordenado pelos professores Dr. Marcos Siqueira Bohrer e Dra. Beatriz Antoniassi Tavares e a principal meta é despertar o interesse e a atenção para o respeito com as árvores, além de estabelecer plantios em áreas degradadas ou com necessidades de vegetação.

Parceiros

A ação contou com parcerias como o Viveiro Aciflora na doação das mudas; a ONG Fada Azul, na prestação de serviço a crianças e jovens com autismo e seus responsáveis; e o Laboratório de Pesquisa em Psicologia Escolar Educacional da USC, representado pela Professora Ana Carla Vieira, com o incentivo da ação por meio de seus membros, promovendo a visibilidade da causa no contexto educacional.

Matéria da Record Paulista. Plantando Sorrisos 6

Matéria sobre o evento no site da USC

O trabalho de pós-doutorado do professor da Universidade do Sagrado Coração (USC), Dr. Marcos Siqueira, veio sendo desenvolvido desde 2011 e analisa dados inéditos sobre áreas em fase de restauração florestal e nativas. Parte do projeto “Biologia da conservação de espécies nativas da Mata Atlântica com potencial fitoterápico: Uma abordagem genética sobre restaurações florestais”, o artigo de pesquisa foi publicado no início do mês de março na revista de grande prestígio científico Plos One.

A espécie pioneira analisada por Siqueira foi a Casearia sylvestris, conhecida popularmente como guaçatonga.  Os pesquisadores avaliaram a estrutura de populações dessa espécie em áreas em processo de restauração e compararam com áreas preservadas utilizando sequenciamento de nova geração. A principal conclusão do estudo e que, ao contrario do que se imaginava, as populações em áreas florestais em processo de restauração apresentam heterogeneidade semelhante às áreas naturais.

O artigo sugere que os esforços para conservar pequenos fragmentos florestais são a base para preservar a diversidade genética, e a abordagem de genômica populacional torna-se essencial para a manutenção de novas espécies arbóreas quando expostas a diferentes cenários climáticos.

O GEVA vai promover uma edição muito especial do plantando sorrisos que será realizada no dia 02 de abril as 9:00h na APAE Bauru.

Para se inscrever para o evento acesse inscrição plantano sorrisos