Um dos símbolos do esporte bauruense, o clube passou momentos terríveis, de volta à série A3 pode indicar o retorno as glórias
Texto André Donati
O centenário clube bauruense tenta voltar as glorias depois dos terríveis últimos anos.
O dia 25 de outubro de 2015 pode ter iniciado o possível renascimento de um dos clubes mais tradicionais do interior paulista. Após um jogo emocionante no Estádio Alfredo de Castilho, o Esporte Clube Noroeste garantiu sua volta à série A3 ao empatar com o Fernandópolis em 2 a 2. Assim como esse jogo, a trajetória do time no campeonato foi sofrida.
Na primeira fase, o Noroeste começou mal e só foi ganhar a primeira partida na quarta rodada, mas a reação veio e a equipe garantiu a vaga na próxima fase, destacando-se uma goleada por 8 a 0 contra o José Bonifácio. Na segunda fase, novamente a equipe começa mal, marcando apenas um ponto em nove disputados. Foi nesse período que Victor Hugo, atual técnico do Noroeste, assumiu a equipe. “Quando se acumulam resultados negativos, a equipe fica muito abatida”, disse Victor. O trabalho para recuperar o ânimo da equipe começou, e logo na primeira partida com o novo treinador, veio uma vitória sobre a Lemense, por 4 a 1. Após outra derrota, a maquininha vermelha ganhou força e venceu os quatro jogos seguintes, e foi para a última rodada, com boas chances de voltar a Série A3
A decisão seria contra o Fernandópolis, em Bauru. Perguntado sobre a pressão nesse tipo de jogo, Victor Hugo respondeu que o trabalho não é apenas físico, mas também psicológico; os nervos ficam a flor da pele e a torcida cobra mais. O nervosismo se mostrou presente em campo, quando o Fernandópolis saiu na frente; o Noroeste empatou, mas ainda no primeiro tempo o time visitante marcou de novo. Boa parte do segundo tempo foi de sofrimento; o Noroeste perdia o acesso devido à vitória do Inter de Bebedouro contra o Lemense. Contudo, aos 35 do segundo tempo, veio o empate. Aí foi só esperar o apito final.
E agora que o Noroeste voltou, qual o futuro do time? O presidente do clube, Emílio Brumatti, diz que reestruturação foi trabalhosa, principalmente resolvendo dívidas deixadas por presidentes anteriores. Foi também montada uma parceira com a Ferroviária, time de Araraquara que forneceu vários jogadores importantes para a volta a elite. Sobre 2016, a meta é subir para a série A2, embora será uma tarefa que ficou ainda mais difícil devido a mudança no regulamento, que permitirá o acesso de apenas dois clubes em vez de quatro, com foi esse ano. Brumatti desconversa dizendo que se a preparação, que começará ainda em 2015 for bem feita, não terá problemas para conseguir a meta.
Primeira divisão? Brumatti diz que é difícil, mas se depender dos seus torcedores, a maquininha vermelha voltará aos trilhos.
