Vagas em creches ainda é inferior à demanda no município. Espera dificulta a vida de quem trabalha
Felipe Matheus/ Círculo
Educação sempre foi assunto sério e preocupante para a alagoana Maria Rosângela de Bauru. A assistente de lavanderia do Hospital Estadual é mais uma mãe que aguarda ansiosamente por uma vaga em uma creche municipal da cidade.
Mãe de duas filhas (Lara, de cinco anos e Alice, de seis meses), ela nos mostra a dificuldade e os desafios de conciliar o seu trabalho e a educação das crianças. “Da minha primeira filha esperei por uma vaga uns oito meses e a agora a segunda já faz dois meses que estou na espera. Isso acaba atrapalha muito no meu trabalho, no meu caso com a minha primeira filha, eu não tinha com quem deixar foi muito difícil, agora com a segunda que também está na espera, está mais complicado, ela fica com minha irmã que cuida também da sogra dela e quando tiver médico estou avisada e preciso faltar no trabalho”.
Maria Rosângela com as filhas Lara, de cinco anos, e Alice, de seis meses, Foto: Arquivo pessoal
A apreensão de Maria também está relacionada à qualidade do ensino infantil, hoje administrado pela prefeitura em algumas creches municipais. “Eu acho que muitas escolas infantis hoje deveriam ter mais trabalhos didáticos e menos lotações, assim a professora consegue trabalhar, tendo mais tempo para ensinar as crianças.” A implantação de um futuro projeto de ensino integral ainda motiva Maria Rosângela a acreditar no futuro prefeito.” Com esse projeto, as crianças não ficariam na rua ou mesmo em casa sem fazer nada, e sim aprendendo mais. Espero que o novo prefeito eleito faça creche suficientes para que nenhuma mãe por essa situação que eu estou passando hoje.”
Os candidatos ao cargo de prefeito da cidade, Raul Gonçalves (PV) e Clodoaldo Gazzetta (PSD) ,trazem em seus planos de governos projetos de melhoria de na questão das vagas nas creches municipais, implementação do ensino integral nas escolas municipais, além da criação do outras novas creches para atingir a demanda da cidade. A população espera que efetivamente os projetos não fiquem apenas no papel.
