Teatro, literatura, vídeo, opções gratuitas e para todos os gostos. Na foto em destaque, cena de Fome.Doc, da Kiwi Cia de Teatro.

(Fotos e vídeos: divulgação)

Opções de a cultura e lazer não faltam para  a partir desta quinta-feira, em Bauru. Confira os destaques:

 

DIA 13/09

Ilhado – Com cia La Mala 

Um homem que vive na rua, em um mundo solitário, a realidade e o delírio, a vida e a arte, ilhadas.

Ilhado é um espetáculo  dirigido por Ronaldo Aguiar que mostra um dia na vida de um morador em situação de rua. O enredo promete agradar toda a família ao mesclar de técnicas circenses como equilíbrio, malabarismo, mágica e acrobacia ao teatro. Carlos Cosmai  interpreta um personagem dá novos significados aos objetos que encontra na rua. Ele está sempre acompanhado por sua cachorra Sacola e conta um um time de amigos imaginários no meio do caos urbano de uma grande cidade. A proposta do espetáculo da Cia. La Mala é instigar a reflexão sobre a felicidade e sua relação com autodomínio e liberdade. A trilha sonora é assinada por Rodrigo Zanettini

Às 20h, na área de convivência do SESC, que fica na R. Aureliano Cardia 6-71, Vila Cardia. De graça. Classificação Indicativa Livre.

 

O Crime da Cabra

 

A  trama, que estreou em 2016, apresenta um crime inesperado: o dinheiro da venda de uma cabra.  

Sinopse:  Uma pequena cidade do interior vê seu cotidiano abalado por causa de um crime inusitado: uma cabra comeu o dinheiro da sua própria venda. Tem início uma disputa entre dois antigos amigos para saber de quem é a cabra. Um vendeu e não recebeu o dinheiro. O outro pagou e não levou. Por conta desta e de outras aventuras a cabra torna-se o centro das atenções e transforma a vida da cidade, às voltas com uma polêmica sem fim.
Ambientado no universo caipira de uma fictícia cidade do interior de São Paulo, o longa utiliza recursos do circo-teatro e faz uma homenagem ao ator e cineasta Amácio Mazzaropi (1912-1981), o maior caipira da história do cinema. O filme tem a direção de fotografia Carlos Ebert.

O Crime da Cabra foi escrito por Ariane Porto, Ricardo Grynszpan e Renata Pallottini, baseado no texto homônimo de Renata tem um novo teste de audiência em Maio, no Rio de Janeiro. O longa, que fez uma pré-estreia especial para convidados, como parte das comemorações pelos 50 anos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), é resultado de um projeto de filme-escola em coprodução da TAO Produções Artísticas e Unicamp. Segundo Ariane Porto, que também dirige o longa, o projeto surgiu de sua vontade de desenvolver na universidade, onde é docente, um projeto que envolvesse todos os departamentos do Instituto de Artes (IA) e outros setores e institutos da Unicamp. “Trata-se de uma criação coletiva que envolve alunos, professores e funcionários da Unicamp, atores e técnicos de renome nacional e artistas locais.É uma ponte para que a universidade dialogue com a comunidade de Campinas e região”, afirma.

No elenco, nomes conhecidos da teledramaturgia como Lima Duarte, Arlete Sales, Laura Cardoso, Valéria Monteiro, Rafaella Puopollo, Mauro de Almeida, Ivan Bellangero, Eduardo Bodstein dividem a cena com atores conhecidos do público campineiro, como Joel Barbosa, Ramiro Lopes, Hélcio Henriques, Coré Valente, Claudia Menezes, Sérgio Vergílio, Pedro Molfi e Delma Medeiros, entre outros. Também fazem participações especiais no longa o chef de cozinha Claude Troisgos, o diretor José Possi Neto e Pereira França Neto, o palhaço Tubinho.

Às 20h, na Central de Salas de Rádio & TV. Av. Eng. Luís Edmundo Carrijo Coube, 14-01 . De graça. Classificação Indicativa 10 anos.

 

“Manual do Olho”

Como parte do  7° Festival de Artes Cênicas de Bauru (FACE), o  escritor e poeta Sinuhe Junior, apresenta o espetáculo “Manual do Olho”,  com voz e violão.
Às 20h, no espaço Protótipo, em Bauru, que fica na R. Monsenhor Claro, 2-57.  De graça. Classificação indicativa livre.

 

Dia 14/09

Fome.Doc – Kiwi companhia de Teatro 

Inspirado em teatro documentário, discute sob diferentes ângulos a fome no mundo.

Fome.doc é um trabalho cênico inspirado nas técnicas e princípios do teatro documentário que discute, sob diferentes ângulos, a fome no mundo. Da fisiologia humana à Glauber Rocha, de Oscar Wilde à João Cabral, da Palestina ao Sudão do Sul, de Beethoven ao rock, do agronegócio ao MST, a montagem apresenta um panorama de processos sociais que revelam a desumanização no mundo da mercadoria. Para assim vislumbrar o seu possível contrário.

O trabalho, portanto, é marcado tanto pelo signo da mais brutal das violências, aquela que subtrai o indispensável à sobrevivência, quanto pela necessidade de dar sentido à vida. Assim, ao documentar a fome, o projeto apresenta perspectivas e formas diversas. Trata-se da fome que extermina – e o século 21 continua fornecendo muitos exemplos -, e também da fome que, diante das misérias, aponta para a luta por dignidade, beleza, verdade e justiça. As estratégias cênicas, que incluem música ao vivo e uma curta exibição de imagens, vão do registro claramente narrativo à insinuação dramática, passando pela farsa e pelo burlesco.

A Kiwi Companhia de Teatro surgiu em 1996 e produziu uma quinzena de montagens teatrais. Além das peças, o grupo realizou leituras dramáticas de autores como Samuel Beckett, Franz Kafka, Hilda Hilst, Elfriede Jelinek, Heiner Müller, Julio Cortázar e Martin Crimp, organizou cursos, oficinas e debates sobre a encenação e a dramaturgia contemporâneas e eventos multiartísticos.

 

Ficha técnica