O jornalista Lauro Neto e o piscólogo Gabriel Felipe conduziram as discussões sobre o filme baseado no famoso livro de George Orwell

Bruna Pessoa Sampaio

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O psicólogo Gabriel Filipe e o jornalista Lauro Neto debateram sobre o filme “1984” com os espectadores
(Foto: Bruna Sampaio)

O Cinefórum apresentou, na última sexta-feira (17/04), no teatro E1, o segundo filme de sua programação de 2015. O filme “1984”, de Michael Radford  foi apresentado aos presentes e, em seguida, o debate foi conduzido pelo jornalista Lauro Neto e pelo psicólogo Gabriel Felipe. “1984” é um filme britânico, dos gêneros ficção científico e drama, produzido em 1984 e dirigido por Michael Radford. É uma adaptação do famoso livro “1984”, escrito em 1949 por George Orwell e considerada a versão mais fiel da obra.

A história se desenvolve depois da guerra atômica, o mundo é dividido em três estados, e Londres é a capital da Oceania, dominada por um partido que tem total controle sobre todos os cidadãos. Winston Smith é um humilde funcionário do partido e comete o atrevimento de se apaixonar por Julia, numa sociedade totalitária onde as emoções são consideradas ilegais. Eles tentam escapar dos olhos e dos ouvidos do Grande Irmão, sabendo das dificuldades que teriam que enfrentar.

Gabriel Felipe considera o filme relevante. “Alguns aspectos são referentes ao período histórico em que foi produzido, mas que de alguma maneira nos leva a refletir sobre esses aspectos ainda existentes no nosso cotidiano,” explica.

Questionado sobre o qual a relação do filme “1984” com os dias atuais e com os protestos que estão ocorrendo no Brasil, Gabriel Felipe afirma: “Eu acredito que tenha muita relação, particularmente, chama a atenção o discurso do ódio, a dificuldade dos seres humanos de lidar com as diferenças, a busca pelo controle que às vezes prevalece sobre outras coisas. No atual momento é interessante termos esse material do filme para refletir sobre as questão.”

O jornalista Lauro Neto ressaltou a importância de George Orwell para sua formação. “George Orwell foi um autor que mudou minha vida. Fiz jornalismo por causa dos textos dele. Poder falar de um livro que eu tenho como um dos livros que eu mais gosto e de um autor que tenho como um dos favoritos me fez sentir muito feliz,” acrescenta.

Segundo Lauro Neto a relação do filme com os dias atuais: “É até um clichê dizer que esse livro nunca fez tanto sentido como agora, acho que esse livro faz sentido até mesmo antes dele ser gerado. A história dele é muito emblemática, o autor tem uma coisa muita intensa em relação à vida e suas obras.”

Para Neto, o autor fez uma leitura de mundo sombria no pós 2º Guerra Mundial e identificou elementos políticos, fez criticas ao comunismo. “A relevância está na maneira como o autor enxerga a realidade,”  define.

O Cinefórum é um projeto dos alunos do curso de psicologia da Universidade Sagrado Coração e traz todo mês um filme para apresentação e debate.