Thiago Navarro em entrevista pingue-pongue com a turma do primeiro ano de Jornalismo. (Foto: Julia Picolo)

Thiago Navarro é natural de Bauru, tem 29 anos, e é graduado em jornalismo há dez anos pela UNESP, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, campus de Bauru. Foi assessor de imprensa do Noroeste Esporte Clube de 2011 a 2012 e, em seguida, assumiu o cargo de repórter no Jornal da Cidade de Bauru, no qual permanece até hoje. Além disso, possui especialização em Linguagem, Cultura e Mídia, também pela UNESP. No último dia 19, o jornalista participou de uma entrevista realizada pelos alunos do primeiro ano de jornalismo da Universidade do Sagrado Coração. Confira abaixo: 

Vinícius Bonafé: Um escritor favorito?

Thiago Navarro: Machado de Assis.

Vinícius: Um livro de cabeceira?

Thiago: Dom Casmurro.

Gabriel Moura: Jornalismo para você é…

Thiago: Paixão.

Gabriel Moura: Em uma palavra, como você define “sensacionalismo”?

Thiago: Repugnante.

Mariana Sbeghen: O jornalismo no século 21 é…

Thiago: Digital.

Mariana: Jornalismo ainda precisa de…

Thiago: Mais envolvimento de alguns jornalistas na profissão.

Thiago Navarro e o grupo responsável pela entrevista pingue-pongue. (Foto: Julia Picolo)

Hemily Damaris: Descreva sua profissão em um palavra.

Thiago: Emocionante.

Hemily: Um profissional que te inspira?

Thiago: Sempre gostei muito do Caco Barcellos.

Joyce Lopes: Um filme que marcou sua vida profissional?

Thiago: Ele não é um filme, na verdade, é um documentário, gosto de “Muito além do cidadão Kane”.

Joyce: Se você não fosse jornalista, qual profissão escolheria?

Thiago: Quando criança queria ser médico ou piloto de avião, mas, hoje em dia, tenho medo de sangue e de altura, então não dá certo (risos).

Guilherme Mariano: Um sonho dentro da sua profissão?

Thiago: Talvez trabalhar num grande veículo em Brasília.

Guilherme: Para encerrar, qual dica você daria aos estudantes que pretendem atuar nesta área?

Thiago: Nunca perder a curiosidade e esse olhar crítico, acho que quando a gente entra na faculdade temos muito esse olhar crítico. A gente entra no jornalismo pensando em mudar as coisas. Pelo menos eu vejo assim e meus colegas de classe tinham essa ideia também. Não podemos perder isso nunca, mesmo no dia a dia da profissão, mesmo com um cotidiano te atropelando, com um monte de pauta e um monte de coisas, esse olhar crítico você não pode perder nunca. O dia que você perder ele é melhor parar o jornalismo, fazer outra coisa e procurar outra ocupação, tão digna quanto, mas que não exija tanto.

A atividade

A entrevista foi desenvolvida no último dia 19 de novembro como atividade na disciplina de Técnicas de Reportagem, Entrevista e Pesquisa Jornalística. ministrada pelo professor Vinicius Carrasco .

A proposta é fazer com que os estudantes do curso de Jornalismo possam simular uma situação de entrevista coletiva e também aproximá-lo das dinâmicas que envolvem a profissão e o mercado de trabalho por meio de profissionais da área ou convidados relacionados à problemáticas sociais contemporâneas.

Para o exercício, os alunos foram divididos em grupos. Um deles ficou encarregado  de entrar em contato com o convidado e fazer a pauta, levantando informações sobre ele, além de outros aspectos da produção. A eles também competia controlar a dinâmica da entrevista (tempo, condução, apresentação do convidado e encerramento). Outro grupo foi incumbido de elaborar questões para serem abordadas com o entrevistado  e redigir reportagens e  entrevistas pingue-pongue (perguntas e respostas). Para outra equipe, a função era editar o texto a ser publicado. Dois alunos ficaram responsáveis pela cobertura e edição fotográfica. Por fim foram produzidos dois textos (uma reportagem e esta entrevista pingue-pongue) publicados no Círculo como forma de exercitar as técnicas apreendidas durante o semestre. Assim, a ideia era dar uma dimensão de um processo jornalístico.

 

Por Guilherme Mariano , com colaboração de Hemily Damaris, Mariana Sbeghen, Gabriel Moura e Vinicius Bonafé – colaboração para o Círculo. Edição: Caio Gasparetto e Vinicius Carrasco