SELO 2016 Confira as respostas do candidato Raul Aparecido Gonçalves Paula em entrevista da série Eleições 2016 com os candidatos à prefeito de Bauru

Transcrição: Vitória Maffei/ Círculo

O candidato aparecerá na urna com o número 43 pelo Partido Verde. Representando a coligação Bauru quer muito mais (PV, PSDB, PR, PTN, PPS e PMDB). Seu vice é Lima Junior e está atualmente em seu segundo mandato como vereador da cidade. Raul  tem 55 anos, é casado e trabalha atualmente como médico e vereador da cidade de Bauru. Essa é a primeira eleição que concorre a prefeito do município.

O candidato Raul Aparecido Gonçalves Paula (PV) durante a gravação do programa de entrevistas

O candidato Raul Aparecido Gonçalves Paula (PV) durante a gravação do programa de entrevistas

 

ELEIÇÕES 2016: O que você poderia acrescentar a essas informações?

 Raul: O currículo está bem sucinto. Eu já tenho 55 anos de idade, sou médico na cidade há 30 anos, exerço aqui a oftalmologia, já trabalhei no Pronto Socorro Central na urgência e emergência. Estudei no Bom Samaritano do Bela vista, depois fui para o Moraes Pacheco, Colégio São José e só sai de Bauru, realmente, para concluir meus estudos porque aqui em Bauru ainda não tem a faculdade de medicina. Então veja que passados quase 40 anos, são 36 anos, com 6 estudados, 30 formado e ainda tem os períodos que você tem que fazer de residência médica, então são quase 40 anos e a gente não tem aqui o nosso curso de medicina. É o momento, quem sabe a gente se elegendo agora prefeito da cidade de Bauru com todo o intuído que a gente tem e esse norte que a gente sabe a importância de ter uma faculdade de medicina aqui na cidade de Bauru, não consiga no meu governo a gente realmente instalar aqui um ou até dois cursos na cidade.

 ELEIÇÕES 2016: Raul, a sua candidatura está amparada em uma coligação formada entre o seu partido e mais PSDB, PPS, PR, PTN e PMB. Caso o senhor vença as eleições, como os interesses desses seis partidos serão acomodados na gestão do município?

 Raul: Na verdade não são os interesses desses 6 partidos são os interesses da cidade, nos vamos reverter esse lado. Essa composição não foi formada a toa, o PSDB hoje representa o governo do estado, na situação que nos estamos de ponto de vista econômico, Bauru já está a dois anos e meio sem dar sequer um aumento para o funcionalismo público municipal, devido as nossas finanças estarem bastantes comprometidas. Então para vocês terem uma ideia o ano que vem o orçamento municipal está orçado na possibilidade de termos 38 milhões de déficit, não está fechando as contas aqui do que está previsto para arrecadar do que nos vamos gastar. Pasmem vocês que o maior déficit está na área da saúde, quem é que vai ter coragem de cortar 36 milhões de reais da saúde, vai diminuir os medicamentos que são fornecidos pela nossa rede de farmácias, vai diminuir o número de médicos da nossa rede. Então é importante que você faça uma coligação a onde você possa buscar os recursos necessários para que a gente não pare aquilo que a gente pelo menos já começou, manter nossas UPAs abertas, o fornecimento de medicamentos e para isso nos temos que ter parceria com o governo do estado que é dali que vem o dinheiro. O PSDB hoje é o Governo do Estado, ele também é Ministro das Cidade, então são dois pontos que acho chaves aqui para a cidade de Bauru, do ponto de vista de ter o governador do nosso lado de uma forma mais próxima, coligado para valer, e também o Ministério das Cidades que também faz parte do Governo Michel Temer com as indicações lá. Fora isso você tem os outros partidos, você tem o PR, tem também o PMB e você tem ainda o PPS. O PPS só para exemplificar, o Secretário da Agricultura hoje é o Arnaldo Jardim, nos temos na cidade de Bauru hoje mil famílias que vivem da agricultura protegida que é a produção de hortifruti granjeiros, que é uma coisa importante para a cidade, são esses produtos que vão para nossas feiras. Então você ter essas parcerias todas, vai fazer com que a gente possa buscar maquinário para manter essas estradas rurais em perfeito estado, fazer com que eles ganhem mais tecnologia e as feiras livres tenham cada vez mais condições técnicas para fazer o escoamento dessa produção. Então os interesses não são dos partidos, são da cidade e esses partidos vão se sentar em uma mesa, todo mundo junto, todo mundo vai administrar de forma conjunta. Eu sou contra, veemente contra, você ficar loteando a prefeitura em vários partidos, você não pode ficar separando as secretárias, as secretárias tem  que estar engajadas se não você não consegue fazer com que os conceitos se unam dentro de um projeto, vou dar um exemplo para vocês secretária da educação nos temos a ideia de termos período integral na educação infantil, então de manhã faz as aulas de conteúdo, a tarde essas crianças vão permanecer na escola recebendo o conteúdo de cultura, lazer, esporte, utilizando as outras secretárias. Para isso não pode ter loteamento, tem que estar todo mundo sentado em uma mesma mesa e esse é o nosso objetivo.

 ELEIÇÕES 2016: Candidato, o seu vice é o Lima Júnior, do PSDB. o que motivou a decisão em torno dele e o que ele agrega à sua candidatura?

 Raul: Lima Júnior é uma pessoa experiente, está em seu segundo mandato como vereador e hoje ele é presidente da Câmara Municipal. Então ele tem uma experiência política muito importante, é preciso ter pessoas ligados dentro do seu governo de formas técnicas, mas também de formas políticas. Se não acontece o que você viu, caiu Collor, caiu Dilma, cai prefeitos, cai vereadores, então as pessoas tem que saber fazer política, política é arte de você governar com interesses diferentes sem agressões mútuas, visando sempre o bem estar daquele que está próximo de você e dos seus objetivos, então você tem vários representantes dentro de uma Câmara Municipal e o prefeito não pode governar para ele, tem que governar para todos. E o Lima, além dele ser como eu disse o representante do governador do estado ele ainda tem toda essa bagagem política que eu tenho certeza que ele vai somar e muito na construção de uma Bauru melhor.

 ELEIÇÕES 2016: Candidato, no seu plano de governo, o senhor se compromete com a transparência das ações de gestão, como a implantação do orçamento participativo. Como o senhor pretende implementá-lo de forma a garantir sua legitimidade?

 Raul: Veja o orçamento participativo é uma coisa já de lei, ele já existe, Bauru já tem feito os orçamentos participativos. Eu já participei de alguns enquanto vereador e o que a gente tem percebido que o orçamento participativo começa assim, são muitas demandas varejo. Então seria necessário que estimula se a população daquela região a discutir as demandas, as macro demandas, e as micro demandas ficam por conta praticamente de um ouvidoria. Então chega lá e você vai numa discussão de orçamento participativo e você começa a discutir que está faltando uma quadrinha de asfalto, pico de luz, eu não acho que isso teria que estar dentro do orçamento participativo. O orçamento participativo é por exemplo um projeto nosso de ligação bairro a bairro, cada bairro tem seu interesse, nos aprovamos uma lei municipal que é a lei do abairramento, nos estamos dividindo Bauru hoje em 12 grandes bairros, 12 grandes regiões e é claro que dessas regiões vamos ter vários bairros, estamos seguindo o trajetos dos rios que vão dividir essas diferentes regiões e cada uma vai ter as suas particularidades que devem ser discutidas e você vai ter que implantar isso, para implantar isso o orçamento participativo teria que ser você falar assim eu tenho 200 milhões para gastar nessa região X vocês estão me elencando 15 propostas eu não vou poder fazer as 15, das 15 qual vocês tem mais prioridades aqui. Tem coisas que você mesmo encontra, o gestor vai julgar, na área da saúde não tem nem o que se discutir, agora tenho que fazer uma ponte um ligação, uma interligação do bairro, uma curva ali e uma curvinha um pouquinho mais longa e ter que fazer um asfalto numa região do bairro, eu acho que a população pode interferir sim, esse ano eu faço o asfalto e ano que vem, no próximo orçamento a gente faz a ponte. Então isso que é orçamento participativo é você elencar as prioridades e deixar que a população escolha isso de forma democrática.

 ELEIÇÕES 2016: Raul, uma das administrações indiretas de bauru é a Emdurb, empresa municipal de desenvolvimento urbano e rural. sobre ela, o plano de governo propõe uma reforma de gestão. Como o senhor executaria essa reformulação e o que acrescentaria às responsabilidades da empresa?

 Raul: A Emdurb foi criada para servir nossa comunidade ao invés de você ficar terceirizando serviços aqui na cidade de Bauru  você tem a Emdurb praticando esses serviços. Então hoje a capinação, a coleta de lixo, a sinalização do município, as responsabilidades pelas linhas de ônibus são feitos pela Emdurb, ela é uma empresa que faz muitos serviços para cidade de Bauru. Agora ela foi criada para que os serviços ficassem baratos, com um preço bastante competitivo, não é possível que você vou dar um exemplo as pinturas de faixa da cidade, nos fizemos uma cotação enquanto éramos vereadores e a prefeitura de Bauru pagava 26 reais o metro linear de uma pintura de faixa que estava apagando em três, quadro dias de faixa apagava, batemos em cima  dessa discussão e durante os levantamentos técnicos mostrou se que no mercado esse mesmo serviço estava sendo vendido a 14 reais o metro linear. Não é possível que uma empresa que está visando lucro consegue fazer o serviço a 14 reais e uma empresa nossa municipal esteja fazendo o serviço quase o dobro do preço, isso está errado e a onde está o grande erro da Emdurb que hoje ela está servindo para cabide de empregos, tem muito cargo comissionado dentro da Emdurb e aquele funcionário de carreira que está ali a 20, 25 anos que poderia estar calcando a possibilidade de estar em um cargo de chefia ele nunca vai conseguir fazer isso porque a cada troca de governo entra 1, 2, 3, 4, 5 chefes desses por setor para cobrir esse tipo de situação. Então no nosso governo esse é o primeiro ponto, nos vamos enxugar a Emdurb e fazer com que ela preste mais serviço a população, vou dar um exemplo par você esses instrumentos públicos que nos temos nas praças públicas hoje, feito de eucalipto, de pneus, isso tudo poderia muito bem ser fabricados dentro da Emdurb, o serralheiro, o pintor, o carpinteiro que são instrumentos fáceis de serem fabricados simples. Hoje o que nos temos que fazer a gente abre uma licitação pública, seis meses para comprar um equipamento desses e quanto esse equipamento vem é instalado as vezes ele precisa de manutenção, começou a complicar tudo você não tem as peças de reposição etc. e tal, se você joga isso dentro da Emdurb, esse prejuízo que Emdurb está dando hoje entorno de 60 milhões, você vai estar dando mais trabalho para ela executar dentro da cidade e esse dinheiro fica aqui e não em uma licitação pública onde esse dinheiro vai para outra cidade, muitas vezes até o sul do país.

 

ELEIÇÕES 2016: Uma das áreas de atuação da Emdurb é a gestão do trânsito do município, que tem como um de seus braços o GOT, grupo de orientação do trânsito. Como o senhor analisa a atuação do GOT e como melhorá-la?

 Raul: Os nossos azuizinhos, como a gente chama aqui na cidade de Bauru, eles teriam a função primordial de organizar o trânsito na cidade. Hoje eles acabam tendo também que cuidar da zona azul, eu acho que a zona azul você tem tecnologias suficiente para poder fazer com que as técnicas que existem hoje com GPS, com os melhores pontos para se fazer estacionamento, você conseguiria com uma Parceria Público Privada fazer com que o estacionamento da cidade de Bauru fosse transformado em um informatização do tipo que você faria o gerenciamento disso pelo próprio celular e ali mesmo você faria sua anotação, você compraria sua vaga e depois você pagaria com o seu cartão de crédito. Com isso os nossos azuizinhos ficariam a disposição do município para fazer o papel dele que é o papel de organizar o transito, esse seria um papel primordial, as vezes você vai ver situações onde equipes da própria secretária de obras do DAE precisa fazer uma interrupção para poder fazer uma manutenção e as vezes você tem que ficar esperando eles fazerem uma interrupção porque eles estão atendendo uma ocorrência aqui outra lá, acho que essa seria uma forma de você libera-los para poder fazer este trabalho que é muito importante também para a cidade de Bauru desde que eles não fiquem também responsáveis por esse problema da zona azul. Então acho que seria um ponto que seria primordial e também a situação onde você vai ter assim um maior ganho financeiro nesse ponto por que hoje a zona azul da cidade de Bauru está dando um prejuízo de 200 mil reais por mês para Bauru, se você fizesse esse movimento que acabei de dizer as outorgas nesse sentido já foram oferecidas ao município em torno de 400 mil/mês, então você vai sair de uma situação de prejuízo e vai passar para um situação de lucro, esse dinheiro pode ser investido na própria melhoria do trânsito, tampando os buracos da cidade.

 

ELEIÇÕES 2016: Ainda sobre trânsito, bauru possui inúmeros gargalos resultantes de um plano diretor desatualizado, falta de investimento viário e aumento da frota. Como equalizar essa problemática de forma a permitir melhorias além da zona sul da cidade?

 Raul: A lei de zoneamento da prefeitura de Bauru é da data de 1982 e de lá para cá o que tem sido feito é uma colcha de retalhos. Os vereadores vão recebendo a demanda dos seus munícipes que pedem a criação de corredores parciais aqui, corredores comercias ai e você vai injetando isso dentro da nossa lei de zoneamento. Nos precisamos ter uma lei de zoneamento que ela  seja boa para munícipe e para a cidade agora nos não podemos simplesmente passar uma borracha naquilo que foi feito, tem pessoas que estão instaladas há anos com os seus negócios e não estão conseguindo hoje sequer um alvará de funcionamento porque as nossas leis não estão permitindo os funcionamentos dos seus negócios. Existem empresas hoje com o avanço da tecnologia que elas não tem nenhum estudo de impacto da vizinhança, você vai pegar um transistor para colar em outro utensílio, você não causa nem ruído, mas se você não colocar uma placa lá fora da sua empresa dizendo que aquilo lá é uma indústria ninguém nem vai saber que ela esta lá dentro. Então não tem porque aquilo não ser instalado em uma avenida de fluxo ou próximos de sua residência, a gente poder ter os minis distritos onde as pessoas não vão ter que se locomover tanto  para se trabalhar. Então tem que haver uma intersecção desses setores entre a nossa lei de zoneamento, a intersecção dos minis distritos, a reforma com condições técnicas e industrias de empresas de grande posam estar e não queiram sair da cidade, e a gente possa receber empresas de porte maior. Para isso temos que ouvir os conselhos de arquitetura, de engenharia e traçar uma nova lei de zoneamento para a cidade de Bauru. Esse é o ponto primordial.

 

O candidato Raul Aparecido Gonçalves Paula (PV) responde às perguntas dos estudantes de jornalismo dos projetos de extensão da USC. Foto: Alexsandro Costa

O candidato Raul Aparecido Gonçalves Paula (PV) responde às perguntas dos estudantes de jornalismo dos projetos de extensão da USC. Foto: Alexsandro Costa

ELEIÇÕES 2016: Sobre a saúde municipal, em seu plano de governo consta o projeto poupa tempo da saúde. No que consiste esse projeto e como será implementado?

 Raul: Nos temos hoje uma rede de urgência e emergência que evoluiu bastante na cidade de Bauru. Você conseguiu descentralizar ela saindo do Pronto Socorro Central e você tem hoje 4 UPAs na cidade, no Bela Vista, Ipiranga, Mary Dota e Redentor, com isso a urgência e emergência evolui bastante na cidade. Existe uma dificuldade na contratação de médicos no município e no nosso governo como vereador a gente lutou bastante no que era uma ideia antiga nossa de ter a Fundação d Saúde funcionando no município com isso a fundação funcionando agora, foi aprovado pelos vereadores, a fundação está gerenciando duas dessas UPAs, a do Bela Vista e a do Ipiranga, são as UPAs que não tem problema em escalas de médicos. As UPAs do Mary Dota e Redentor ainda sofrem com o problema da escala de médicos porque isso a lei de responsabilidade fiscal determina que você não pode pagar mais de 52% da folha com o pagamento, com isso nos temos dois programas da Saúde da Família fechados, um na Bernardinho de Campos e outro lá no Chapadão, por volta de possibilidade de você contratar recursos humanos para fazer esses programas funcionarem. Então está ai rede de urgência e emergência para mostrar a vocês, a pessoa que está procurando um posto de saúde o doutor vai dar duas opções para ela, ou ela vai tomar aquele remédio com aquela receita ou ele vai solicitar o exame porque não conseguiu fechar o diagnostico, esse é um gargalho enorme na saúde pública do país inteiro, a possibilidade de você fazer os exames, o médico que começou a fazer seu atendimento a fechar seu diagnostico. Qual é a nossa ideia ali no Centro de Saúde I, aquele prédio é do estado, por isso a parceria com o governo do estado, a importância de ter esse diálogo. Nos já víssemos o diálogo aquele prédio passaria para o município e nisso a gente já teria a obra física pronta, o município compraria os equipamentos para fazer os exames complementares, tomografia, ressonância magnética, ultrassonografia, endoscopia, os exames que são básicos para se fechar diagnostico. O município investe, chega no Governo do Estado e diz assim eu preciso credenciar os equipamentos porque se eu não credencio junto ao SUS eu não tenho os recursos entrando por exame, os exames são pagos por exames realizados assim que você recebe. Então quanto mais você tiver de teto orçamentário mais exames você vai realizar, fazendo um Poupa Tempo da Saúde é você ter um local onde você coloca esses equipamentos e a pessoa passa pelo posto de saúde é encaminhada ali, faz os exames e retorna ao seu médico para continuar o tratamento. Você vai aumentar a rentabilidade daquelas consultas que estão passando pela Unidade Básica de Saúde e o que existe hoje, você passa pela Unidade Básica de Saúde ele pede o exame e aquele paciente sai de uma fila que já estava alguns meses e passa para uma outra fila que pode mais de anos para que ele consiga um exame desse.

                                                                                                         

ELEIÇÕES 2016: Ao seu ponto de vista como médico, qual a maior precariedade na saúde pública? E do seu ponto de vista como prefeito, o que fazer solucionar esse problema?

 Raul: Nos temos hoje um gargalo na cidade muito grande que são os leitos de internação, internação hospitalar, entra os leitos de UTI e os normais. Você não tem hoje número de leitos que são compatíveis com os indicadores técnicos do próprio ministério da saúde, então a conta é feita assim 2,5 leitos para cada 1.000 habitantes, a hora que se aplica esses indicadores para o nosso índice municipal você vai ter exatamente a necessidade de 750 leitos à disposição de Bauru. E Bauru não atende só Bauru, atende também a região e o número desses postos em Bauru hoje está em torno de 500 leitos, então vai haver uma necessidade muito grande quando você soma essa demanda já reprimida também as demandas da região. Só não esta pior porque 25% da população bauruense também tem plano de saúde e vai utilizar os hospitais particulares se não as coisas estavam um pouquinho pior em relação as vagas. Então veja, nos temos que fazer com que o número de leitos fique a disposição em número adequado a população para isso, se eu estou dizendo que tem uma diferença de 250 leitos, eu tenho que batalhar para que temos mais um hospital de 250 leitos com esses estudos técnicos, essas incursões políticas, para termos as faculdades de medicina na cidade de Bauru seria o grande momento também da gente exigir em contrapartida dessas instituições visando a construção nem se for em modulo de uma nova unidade hospitalar de Bauru ligado por exemplo a uma faculdade de medicina que for se instalar na cidade. Essa já está prevista em lei as contrapartidas e nem seria o momento da gente começar a discutir isso e não esquecer que os leitos de UTI também precisam ser dobrados, nos já temos 40 leitos de UTI a disposição de Bauru, sendo que nos deveríamos ter uma demanda de 10% da disposição desses números de leitos, desses 750 leitos, a gente deveria ter pelo menos 75. Então nos temos que dobrar o número de leitos de UTI na cidade de Bauru e dobrar isso não é simplesmente dobra, eu vou isolar um quarto aqui e isso vai virar um leito de UTI, não é assim você tem que credenciar ele junto ao Ministério da Saúde, você vai receber uma verba complementar para poder tratar o paciente de unidade de UTI e o custo de um paciente desse é diferente de um paciente que está no quarto, são pacientes bem mais caros de ser mantidos internados. Então se você for querer fazer isso só com um recurso próprio de uma instituição ela quebra, ela tem que ter o dinheiro entrando de uma forma organizada, então nos temos que cada vez mais solicitar leitos de UTI para a cidade de Bauru, chegando a esses indicadores técnicos que acabei de dizer para vocês.

 

ELEIÇÕES 2016: Candidato, a segurança publica é uma das questões que mais preocupa o cidadão bauruense. Para esse assunto, seu plano prevê implantação de câmeras de vigilância na cidade. Qual seria o alcance dessas instalações de modo que atinja maior parte da população?

 Raul: Segurança pública envolve vários fatores, se eu perguntasse para vocês que estão aqui dentro precisamos contratar mais policial para ficar vigiando a gente? Com certeza a resposta ia ser não, no entanto você faz isso porque existe um número de pessoas que estão desengajadas da sociedade que vai conviver com a gente o tempo inteiro e querem conviver de uma forma não social, daquela forma organizada como a gente preconiza no dia a dia. Então o vídeo monitoramento é apenas um pedaço disso, é uma situação onde você vai estar vigiando aquele que está cometendo o seu delito isso atrelado a polícia militar faz com que o policiamento padrão aquele preventivo seja mais efetivo. Eu posso ter por exemplo um patrimônio com um vigia que vai trabalhar protegendo por exemplo uma unidade de saúde, uma escola, temos escolas ai que foram totalmente danificadas por vândalos, esse vigilante da prefeitura não tá lá para correr riscos de vida, ele está ali para fazer o serviço dele como vigilante. Então se ele estiver em uma cabine bem protegido com vídeo monitoramento, ele ao perceber o delinquente ou delito que está sendo cometido aciona a policia militar e esse engajamento na vigilância vão fazer com que a medida seja tomada com mais agilidade e que você possa punir e a partir da punição você inibe as pessoas de cometer esses delitos, mas não é só isso, você tem a iluminação pública adequada onde tem que trocar suas lâmpadas incandescentes por LED isso faz com que o custo de energia da cidade caia 75%, ai sim uma parceria público privada nesse sentido já que nos vamos ter que fazer a manutenção dessas lâmpadas a partir do ano que vem por forças de leis federais que o já façamos dentro de um cronograma onde você possa também economizar porque já vamos gastar cerca de 18 milhões de reais para fazer só com taxa de manutenção pública e manutenção da rede quer dizer estes postes que ficam na rua as pessoas acham que aquilo cai do céu, cai não, isso quem paga é o município essa iluminação. Então se você baratear o custo significa que um valor menor vai sair dos cofres públicos e para sair um valor menor nos temos que fazer o que trocar essas lâmpadas todas por essas lâmpadas que hoje iluminam mais, melhor e mais barata também para fazer manutenção, e você tem como colocar isso, pessoas especializadas para fazer esse processo. Eu acabei de falar para vocês que nos estamos com duas unidades da família fechadas porque nos não conseguimos contratar nem médicos, nem enfermeiros e estamos no limite da responsabilidade fiscal, ai vamos enviar mais gente ainda dentro do processo para trocar lâmpada da iluminação pública complica. Então está dificultando as áreas afins da prefeitura que tem que ser prestado o serviço, em áreas que são importantíssimas como a saúde em detrimento por exemplo de áreas de segurança pública por exemplo que nunca foi objetivo da cidade ficar mexendo com isso. Então uma parceria público privada conseguiria fazer a gente baratear o nosso custo de iluminação pública e ao mesmo tempo gerar segurança, a cidade fica mais bem iluminada e ainda existe uma possibilidade através de uma usina de lixo a gente utilizar o gás metano em um gerador e essa energia entrar na rede baratearia muito mais ainda nossa taxa de iluminação pública. São quase 20 milhões de reais e você deixar de pagar 20 milhões de reais numa situação essa que eu estou dizendo e pegar esse dinheiro e transformar em asfalto, em praça pública, pronto socorro e assim vai.

 

ELEIÇÕES 2016: Candidato, agora o assunto é desenvolvimento econômico. No seu plano de governo é citada a revitalização dos distritos industriais e também a criação de um novo distrito na cidade. O que o senhor pretende fazer para conseguir isso já que, com o passar dos anos, as empresas foram migrando para outras cidades em busca de melhores condições?

 Raul: Em 2014 nos tivemos 569 empresas fechando suas portas na cidade de Bauru, 2015 esse número saltou para 1.690 exemplos típicos ai de duas empresas que se vocês forem para Agudos vão ver as empresas ali na rodovia e essas empresas estavam aqui e queriam apenas o que a possibilidade de menos democracia na nossa cidade para que elas pudessem executar suas funções aqui. Então quando você vai montar uma empresa na cidade você já encontra de cara três sócios, um municipal, um estadual e um federal pedindo seus impostos, todos eles com uma ganância enorme por impostos quem vai produzir, quem vai se arriscar colocar seu nome em um empréstimo do banco para tentar fazer investimentos é exatamente aquele individuo que é o investidor. Nos enquanto pode público não podemos criar condições adversas para ele e é o que estamos fazendo hoje, não temos uma lei de zoneamento compatível, não é em todo lugar que pode se instalar, uma lei de estudo de impacto da vizinhança totalmente desconectada com a nossa realidade, então isso tudo tem que ser modificado. Nos temos que ter uma lei de zoneamento que faça bem para a cidade que esteja voltada tanto para população quanto para a situação social nossa, outra coisa é você revitalizar nossos distritos industrias de forma que eles tenham estrutura, asfalto, não pode faltar água, não pode cobrar caro uma água para essas instituições, se tem que fazer com que o esgoto seja tratado de forma que não vai poluir nossos rios e facilitar a vida deles que já tem bastantes encargos para fazer. Não ficar cada vez mais criando normas regras que não vão levar a nada, só levar dificuldades. Nos temos dois distritos em uma região, o I e o II, o III indo para Marília e o IV seria criado ali no eixo do aeroporto aquela região vai se desenvolver bastante, então isso é um ponto importante. Outro ponto são os minis distritos, nos deveríamos ter  para as pessoas não terem que se locomoveram tanto dentro da cidade para poder ir trabalhar. Na cidade quando a gente vai expandir esse perímetro urbano nos devíamos prever estes minis distritos que por lei existe desde de 2008 e até agora não foi implantado, a cidade começa a ter uma industria aqui, outra lá, fora de planos e depois a cidade vem através de seus fiscais e quer fechar as portas dessas pessoas, não é assim nos temos que fazer uma coisa diferenciada aqui na cidade vou dar um exemplo para vocês de coisas que não podem ocorrer numa cidade que nem Bauru, o governo do estado com o deputado Pedro Tobias trouxe dois centros tecnológicos aqui par nossa região um destinado a Botucatu e outro a Bauru investimento na ordem de 60 milhões de reais. O que seriam os centros tecnológicos, nos estamos em uma universidade, ela desenvolve o produto do ponto de vista do trabalho de uma extensão universitária e aquele produto pode se transformar sim em um produto comercial, então os centros tecnológicos visam dar espaço para que essas coisas aconteçam. Pasmem vocês Botucatu já inaugurou o dele, Bauru nem sequer cedeu a área para que isso ocorresse neste tipo de situação a gente não se pode dar o luxo de fazer isso. Então nos temos que ter um secretariado capacitado que conhece e saiba dos avanços na sua devida área para que evolua na sua devida área quer seja na cultura, desenvolvimento econômico, saúde, você tem que dar espaço para que as coisas aconteçam. Eu recebi outro dia um pedido de uma faculdade pedindo assim porque a prefeitura não da mais estágios para os alunos, hoje se você for fazer a conclusão de um curso se arquitetura você não recebe o diploma se não fizer o estágio comprobatório, Bauru com tantos fundos de vale necessitando de estudos arquitetônicos porque a gente não coloca todos estes estudantes para irem a campo, estudar na cidade, fazer os levantamentos técnicos. Você tem que colocar as secretárias a disposição dos nossos alunos para que eles posam também, uma avenida de mão dupla isso, eles vem fornecem o conhecimento que estão adquirindo e nos ganhamos esses projetos todos para serem aplicados. Então só dei um exemplo da importância da relação do município enquanto gerador de oportunidades desses jovens que acabam desenvolvendo os seus produtos nesse centro tecnológico, vão desenvolver um bom trabalho de TCC em uma pesquisa dessa de campo e nisso tudo a população ganha o jovem ganha e assim vai.

 

ELEIÇÕES 2016: Candidato, uma das questões que mais preocupa o bauruense é o lixo, que atualmente tem sido destinado a aterro sanitário de uma cidade vizinha. Como o senhor, que é do partido verde, pretende equacionar essa questão?

 Raul: O lixo até recentemente era enterrado e não havia contestação nenhuma, hoje isso não é mais a partir de 2019 em tese por lei não vai poder mais enterrar lixo, a gente teria que ter uma destinação para todo o lixo. Eu duvido que na hora que a gente chegar em 2019 isso vai poder ser cumprido pela maior parte das cidades. As cidades não estão se preparando para isso quando chega lá, vai esticar o prazo um pouquinho mais para frente, mas nos temos tecnologia hoje de pegar todo lixo que é gerado e que esses lixos se transformem em subprodutos essa que é a verdade. Então tanto os resíduos sólidos quanto os orgânicos isso pode ser feito, você pode por exemplo pegar os resíduos de construção civil, se você transformar o resíduo de construção civil em micropartículas, restos de tijolos, argamassas com a presença de cimento em cal funcionaria como uma pisara, então as manutenções das estradas rurais hoje poderiam ser utilizados todos esses resíduos para você poder colocar dentro de uma estrada rural dessa ai você pega a coleta seletiva de lixo enquanto você está pagando 83 reais por dia para destinar o lixo orgânico para cidade vizinha como vocês citaram nos estamos pagando 492 reais para poder pegar lixo, está muito caro isso. Se você pegar uma usina de tratamento de lixo, eu não vou longe não entra no site e digita lixo limpo, vocês vão ver uma usina funcionando no Brasil, onde o caminhão vem todo limpinho e descarrega o lixo, nem separado é quem vai separar é o triturador, vai dar emprego para cada modulo desse para cerca de 80 recicladores, vão pegar só o que interessa para eles que seria a parte reciclável, o restante passa por um eletroímã que retira todo o metal e o restante de matéria orgânica é ensacada coloca um tubo aquele tubo vai ser ensacado como se fosse uma linguiça, você diminui em 5 vezes a área destinada pelo lixo, ele está ensacado por uma manta que não vai ter contaminação do solo, olha como a coisa vai ficando barata. Depois de 3 anos aquilo virou humos e você pode utilizar pelo nossos jardins na cidade toda, você pode ver que planta as coisas na cidade hoje e a planta tem que depender de chuva porque cuidado ela não tem e além disso o gás produzido durante esse tempo vai ser coletado, esse gás passa por um gerador e vai gerar energia que você pode vender que ela hoje já está regulamentada a nível federal. Então essa é a nossa ideia em relação ao lixo.

 

Arte: Laís Zorzete/Círculo

Arte: Laís Zorzete/Círculo

Ouça o podcast da entrevista:

Ficha técnica:

Entrevista gravada nos estúdios da Webrádio USC.
Apresentação: Bruna Sampaio, Mayrilaine  Garcia e Luiz Augusto Ramos
Produção: Bruna Sampaio, Mayrilaine, Luiz Augusto Ramos, Leandro Pinto.
Trabalhos Técnicos na Webrádio: Alex Costa e Leandro Zacarin
Supervisão: Professores Daniela Bochembuzo e Vinicius Carrasco