No evento inaugural da edição deste ano, Jairo Marques, Guime Davison e Fábio Manfrinato abordaram a importância da comunicação na quebra de paradigmas e preconceitos

Tiago de Moraes

Pela primeira vez os cursos de Comunicação utilizaram o novo anfiteatro João Paulo II, inaugurado recentemente (Foto: Marina Barrios).

Pela primeira vez os cursos de Comunicação utilizaram o novo anfiteatro João Paulo II, inaugurado recentemente (Foto: Vitória Maffei).

 

O tema “Acessibilidade, esporte e inovação na sociedade do conhecimento” permeou a abertura do Comunica 2016, realizado na noite da última terça-feira, 12/04, no anfiteatro João Paulo II da Universidade do Sagrado Coração. O jornalista Jairo Marques, o publicitário Guime Davison e o vereador Fábio Manfrinato foram os convidados da noite, destinada aos alunos, professores e pesquisadores das áreas da Comunicação.

No quadro de jornalistas da Folha de S. Paulo, Jairo Marques abriu o evento compartilhando um pouco de suas experiências profissionais, bem como discutiu a cobertura noticiosa envolvendo pessoas com deficiência. Cadeirante, Marques enfatizou a importância de romper com os clichês do tipo, os quais considera como replicadores de estigmas e preconceitos. “Enquanto o deficiente for tratado como uma peça de cristal, ninguém vai se aproximar. Isso gera um poço de exclusão”, defende.

Em seguida foi a vez do vereador Fábio Manfrinato. Além de trazer suas experiências na modalidade Luta de Braço, na qual ganhou prêmios e torneios dentro e fora do Brasil, Manfrinato abordou os desafios na promoção de políticas públicas inclusivas. “Enquanto o empresário não enxergar a acessibilidade como um investimento, em vez de um gasto, a situação não vai melhorar”, argumenta o vereador.

O vice-presidente de Criação da W/McCann, uma das principais agências de publicidade do país, Guime Davison encerrou a noite apresentando o trabalho realizado no ramo do marketing esportivo para o Bradesco, patrocinador dos Jogos Olímpicos que serão realizados neste ano no Rio de Janeiro.

A descontração entre os convidados e a platéia trouxe inúmeras reações positivas. Nesse coro está o aluno do terceiro ano do curso de Jornalismo, Guilherme Dorini. “São profissionais que realmente demonstram paixão pelo trabalho que fazem”, conta. Guilherme já havia entrevistado o jornalista Jairo Marques em uma matéria sobre o processo de adaptação das pessoas com deficiência.