Consumo de conteúdo: as possibilidades do serviço de streaming. Fonte: Unsplash.com

Amanda Medeiros/Círculo

A humanidade vive, atualmente, no cenário da “sociedade da informação”, cuja cultura e economia dependem essencialmente da tecnologia, da comunicação e da informação. Em tese, todos participam da interação de alguma maneira, compartilhando o conhecimento com base nas informações que possuem.

Nessa perspectiva, o fazer comunicacional é afetado. Oferecer conteúdo multimídia, se adaptar aos formatos que surgem a partir dos dispositivos móveis e encarar a internet e as redes sociais digitais como realidades que vieram para ficar são mais que obrigações.

Prova disso é a plataforma de streaming Netflix. Criada em 1997 nos Estados Unidos, a empresa oferecia, inicialmente, aluguel de filmes. Com os avanços tecnológicos, adotou, em 2007, o streaming como ferramenta de disponibilização de conteúdo. A estratégia pode ser comparada com a televisão tradicional. A Netflix, ao se sustentar em uma plataforma sob demanda, deixa a programação nas mãos do telespectador, e o usuário não tem que esperar dias ou semanas para assistir o próximo episódio da sua série favorita.

Por outro lado, a cultura e dinâmica televisivas já instauradas na sociedade se atualizaram, tanto que a Rede Globo de Televisão apostou na criação de uma plataforma de disponibilização de conteúdo online, a GloboPlay. Ademais, o grupo Globo, proprietário do canal de televisão por assinatura GNT, lançou uma série documental em parceria com o  Quebrando o Tabu. Nela, foram discutidos temas polêmicos, como aborto, legalização das drogas e porte de armas.

No que tange a produção televisual no contexto atual, a readaptação do fazer jornalístico e a reestruturação de formatos devido ao aparecimento de novas plataformas são os pontos fundamentais a serem analisados. Integrar a internet no que diz respeito às formas de recepção do conteúdo e utilizar as redes sociais digitais para criar conexões com o público são algumas alternativas em um cenário em que os smartphones e a tecnologia streaming se mostram como efetivos meios de consumo e distribuição de produtos midiáticos, respectivamente.

É evidente que os olhares que incidem sobre essa temática são essenciais para moldar o modelo de negócio das grandes mídias. Talvez agora seja a hora dos jornalistas criarem sua própria demanda: a de profissionais que aliem o marketing digital com a comunicação.