Opinião: o plágio no contexto digital contemporâneo. Fonte: Unsplash.com.

Amanda Medeiros/Círculo

Plágio, de acordo com o dicionário Michaelis, é a imitação de trabalho, geralmente intelectual, produzido por outrem. Para mim, além dessa definição formal, o plágio no ambiente acadêmico é uma demonstração de desvio de caráter. Contudo, ressalto que nem todos que cometem esse crime sabem o que estão fazendo.

Creio que uma das formas de reforçar a ideia de que o plágio é ilegal (artigo 184 do Código Penal) é a promoção de palestras com profissionais da área do Direito. Outro ponto é informar os estudantes sobre como creditar corretamente determinada referência.

Já me deparei com trabalhos parciais e integralmente plagiados (até mesmo legenda de foto no Facebook (!)) e a sensação é um misto de tristeza e revolta. Tristeza, pois como estudante, gastei tempo pesquisando para produzir algo de qualidade, enquanto em cinco minutos outro aluno copiou e colou trechos do primeiro artigo científico que encontrou.  Revolta, porque a vontade de que tal conteúdo seja considerado de sua autoria se sobrepõe ao respeito ao próximo, seja ele seu colega de grupo ou o professor. 

Neste último, penso no sentimento de desgosto pelo descaso com o trabalho (ou com a disciplina). Em meio à elaboração de aulas, estabelecimento de metodologias de ensino, correção de provas e rotina estressante, encontrar plágio desanima qualquer um.

É possível produzir um trabalho acadêmico sem copiar algo que já existe, ao mesmo tempo em que o texto científico não seja confundido com os achismos do cotidiano. Entretanto, é necessário respeitar a propriedade intelectual alheia e concatenar ideias de forma lógica. E, infelizmente, não são todos que escolhem gastar seu precioso tempo pesquisando o básico.