Por Gabriela Mello

Podemos definir a ansiedade como um sentimento de apreensão ou medo que pode ser ocasionado por uma tensão ou desconforto da antecipação de um perigo ou de algo que é desconhecido. A ansiedade e o medo passam a ser considerados patológicos quando são desproporcionais em relação ao estímulo, interferindo no conforto emocional, na qualidade de vida e no desempenho da rotina do indivíduo. (CASTILHO et al. 2000).

A ansiedade também pode ser definida como um sinal de alerta que faz com que o indivíduo se proteja de ameaças, sendo uma reação normal e necessária para ocorrer a autopreservação e esperada que ocorra em determinadas situações. As reações de ansiedade normais não têm necessidade de serem tratadas por serem naturais e autolimitadas. Por outro lado, a ansiedade patológica se caracteriza por ter uma intensidade e duração a longo prazo, sendo maior que o esperado para a situação,  além de dificultar que o indivíduo consiga enfrentar um fator estressante.  Além disso, ainda existe um terceiro tipo que é o transtorno de ansiedade generalizada que costuma ser uma doença crônica, com curtos períodos de remissão que pode causar grande sofrimento durante muitos anos. É uma preocupação exagerada que pode se estender para diversos segmentos da vida do indivíduo e vir acompanhado de sintomas como tensões musculares, perturbações no sono, irritabilidade, entre outros. (RAMOS, 2015).

Atualmente, o isolamento social tem sido de extrema importância para proteger a nossa saúde física e dessa forma impedir que o vírus se propague e contagie outras pessoas à nossa volta. Entretanto, a consequência deste isolamento é que quanto mais tempo a população se mantiver em confinamento social, maiores serão os riscos para o aparecimento de doenças psiquiátricas, na qual, pode ocasionar a irritabilidade, humor deprimido, insônia, ansiedade, medo e a raiva. (AFONSO; FIGUEIRA, 2020). Dessa forma, é de extrema importância evitar o excesso de pensamentos negativos referente a atual situação, para que dessa forma seja possível minimizar a ansiedade. Além disso, procurar realizar atividades prazerosas, praticar exercícios fisícos regularmente e conversar com pessoas que são importantes para nós podem ajudar nesse processo. Nesse momento é importante procurarmos nos ajudar com os recursos que temos à nossa volta, pois assim, a nossa saúde mental poderá ser preservada da melhor forma até conseguirmos passar por esse momento.

REFERÊNCIAS

AFONSO, P. FIGUEIRA, M. L. Pandemia COVID-19: Quais são os riscos para a saúde mental? Revista Portuguesa de Psiquiatria e saúde mental. Jun. 2020.

CASTILHO, A. R.; RECONDO, R.; ASBAHR, F. R.; MANFRO, G. G. Transtorno de ansiedade. Rev. Bras. Psiquiatr. vol.22  s.2 São Paulo Dec. 2000. Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-44462000000600006&script=sci_arttext>. Acesso em: 30 jun. 2020.
RAMOS, W. F. Transtorno de Ansiedade. Disponível em: <https://www.ebramec.edu.br/wp-content/uploads/2019/02/TRANSTORNOS-DE-ANSIEDADE.pdf>. Acesso em: 30 jun. 2020.