Falta de planejamento é apontada como causa do problema pelo especialista Celso Donizeti
Vitória Maffei/Círculo
Bauru possui 70% do seu asfalto comprometido. Problema que aflige moradores e é uma das preocupações da próxima gestão do município. O pavimento da cidade precisa de manutenção ou recape por toda sua extensão.
“70% do pavimento da cidade de Bauru se em encontra praticamente no final da sua vida útil”, afirma o engenheiro e especialista em pavimentação, professor Celso Donizeti. O professor ressalta que é necessário fazer uma recuperação e projeto de recape para que o asfalto da cidade consiga se recuperar.

A vida útil da maioria da pavimentação bauruense está “vencida”, afirma especialista. Foto: Diana Diniz/Círculo
Celso relata que a falta de planejamento é responsável pela péssima qualidade do pavimento. “Se tivesse um Plano de Pavimentação Urbana e Rural, talvez pudesse ter tido a oportunidade de não sofrer tanto como está sofrendo agora”, explica o especialista.
A solução apontada pelo professor é a construção do Plano de Pavimentação Urbano e Rural. “Seria desenvolvido pela equipe técnica da prefeitura lançando mão de alguns profissionais do meio acadêmico”, esclarece Celso.
“Esse plano iria criar possibilidades de fazer uma análise critica bem construtiva, setorial a ponto de se escolher as melhores técnicas possíveis para serem feitas as recuperações”, conclui o especialista.
Visão da população
O que os especialistas apontam também é identificado pelos moradores da cidade. Renato de Freitas Martins classifica o asfalto da cidade como inadequado. “Hoje o asfalto de Bauru esta beirando o patamar ‘horrível’ e não é só em regiões consideradas populares, nas ditas regiões nobres o problema é o mesmo”, declara.
Para Renato, falta uma maior capacitação técnica. “Os órgãos responsáveis pelo serviço poderiam gastar um pouco mais na qualificação dos profissionais”, diz.
Além de comunicação entre a prefeitura e o Departamento de Água e Esgoto (DAE), que frequentemente abre buracos na cidade para arrumar vazamentos. “Dialogo maior entre o prefeito e o presidente do DAE, pois conversando podem tirar um pouco o peso das costas de cada um e deixar que cada órgão cuide do que sabe melhor fazer”, afirma o morador.
Renato espera que o próximo prefeito consiga resolver o problema ou deixar uma base estruturada para que o seu sucessor consiga acabar de vez com esse problema na cidade. “No próximo mandado não será resolvido, minha esperança é que esse prefeito deixe tudo certo para que no mandado seguinte, seja o mesmo prefeito ou o sucessor, consiga começar a melhora no pavimento bauruense”, finaliza.