Saiba onde procurar ajuda em casos de ansiedade

Clínicas de universidades de Bauru são opção de tratamento ao transtorno

Fabiula Ferreira e Marcos Mazutti/Círculo

A ansiedade é caracterizada pela forte apreensão, insegurança e tensão de um indivíduo. Os sintomas podem ser tanto psicológicos quanto físicos, em casos mais extremos a pessoa desenvolve ataques de pânico que podem ser confundidos com infarto ou AVC (Acidente Vascular Cerebral).

Existe a diferença na ansiedade normal e patológica. No nível considerado aceitável, a pessoa se sente ansiosa quando existe um motivo, como por exemplo, uma prova importante, uma entrevista de emprego, casamento, etc. Ela se encerra logo em seguida que o fato que a tenha gerado acaba. Já na ansiedade patológica, o indivíduo não consegue ter controle sobre a situação e menos ainda determinar a causa que o levou a se sentir assim. É nessas horas que é necessário buscar ajuda, mas onde procurar?

O recomendado é buscar ajuda médica a partir do momento em que a ansiedade começa a interferir na qualidade de vida, causando desconforto excessivo. Profissionais como psicólogos ou pediatras podem auxiliar nesse tratamento. Caso seja problemas mais graves relacionados a traumas e crises um psicoterapeuta será o mais adequado.

O tratamento recomendado para um paciente que possui um contexto instalado de ansiedade muito grave é um acompanhamento psicoterápico e psiquiátrico com o uso de uma medicação indicada para se estabilizar juntamente com o acompanhamento psicológico.

A psicóloga Thelma de Moraes dos Santos explica as diferenças da ansiedade e a depressão que são o mal do século e por diversas vezes podem ser confundidas pelas pessoas. “A ansiedade está liga a contextos ansiosos, a pessoa se preocupa demais com o que está por vir, com o que vai acontecer e acaba ficando em um processo emocional acelerado em função disso. Somada a depressão isso está associado a tristezas profundas e muitas vezes elas têm um direcional ou não dependendo do grau e do nível dessa depressão”.

As pessoas estão buscando ajuda para esse problema, principalmente quando percebem que isso as afeta seu ambiente social. A estudante de jornalismo Denise Paula Cardoso Almeida, 22 anos, conta que possui ansiedade considerada média e está realizando acompanhamento com uma psicóloga. Suas principais preocupações são a faculdade, sua família e todos os lados em que existe uma pressão para se superar. “Você acorda e já fala o que tenho que fazer hoje? Eu fico muito agitada e crio expectativa para tudo, quando dá alguma coisa errada fico frustrada” relata.

Atendimento na USC

A clínica de atendimento psicológico da Universidade do Sagrado Coração atende a comunidade de Bauru e região e faz, em média, 10 mil atendimentos por ano, o dado foi passado pela professora e coordenadora da clínica, Thelma de Moraes dos Santos.

Thelma indica o acompanhamento psicológico para casos de ansiedade e explicou o processo que o paciente tem que realizar para ser atendido.

Primeiramente, o interessado deve ir até a clínica e efetuar a inscrição, após isso, ele ficará em uma lista de espera que tem a duração de no máximo seis meses. Quando for chamado, o paciente será acolhido por um estudante de psicologia do terceiro ano e vai passar por um processo de triagem, no qual serão analisadas as necessidades de cada paciente para que o encaminhamento para a psicoterapia e abordagem psicológica seja o ideal para cada caso.

O atendimento para a comunidade é feito pelos estudantes de psicologia para a comunidade geral. Para os alunos da USC é diferente. Os usqueanos que precisam utilizar o serviço são atendidos pelos professores de psicologia.

O tratamento na clínica da universidade pode ser feito durante três meses, quando o período não é suficiente para o estudante, ele é encaminhado para outros atendimentos fora da USC.

Vale lembrar que para casos urgentes existe o plantão psicológico, nesse caso não há lista de espera e o paciente é atendido o mais rápido possível.

A clínica funciona de segunda à sexta, das 10h às 22h.

SERVIÇO:

 

 

Um terço da população sofre com o transtorno de ansiedade