Em entrevista ao Círculo On, estudantes da USC contam quais são os seus medos em relação ao ingresso na profissão

Bruna Marangon

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Medos, inseguranças, concorrências, mundo novo… Bem-vindo ao mercado de trabalho! Essas são as respostas de alunos do último ano de diversos cursos da Universidade Sagrado Coração (USC) à pergunta: “Você tem medo do mercado de trabalho?”.       

Igor Ferrari, 20 anos, estudante e formando do curso Letras-Tradutor, afirma ter medo do mercado de trabalho. “Para começar, a profissão de tradutor não é regulamentada e o retorno financeiro é simplesmente o suficiente. Portanto, no caso dessa profissão, gostar do que se faz é primordial. Além de ser um mercado muito pequeno e muito concorrido, principalmente, na área em que pretendo atuar, legendagem, que exige mais conhecimento e experiência, pois costuma ter pouquíssimos profissionais”, explica.

O que motiva Igor a enfrentar o medo são os estágios que a USC oferece na área. “Isto faz com que eu me sinta um pouco mais preparado para enfrentar o mercado de trabalho, a paixão pela língua e a importância dessa profissão”, afirma.

A estudante de farmácia e formanda Marina Fucano, 22 anos, também avalia que a universidade fornece uma base de preparo muito boa, porém, na teoria é fácil. “Quando chegamos à prática, a coisa muda um pouco. No entanto, sei que sou capaz para exercer as tarefas em cima da preparação que a USC oferece. Não vai ser fácil, mas com força e determinação conseguimos o que queremos, principalmente quando é relacionado a superar medos.”

Marina se identifica com a parte da manipulação de medicamentos e cosméticos e também controle físico químico de medicamentos, mas avalia que a profissão de farmacêutica é muito concorrida, principalmente na parte de industrialização, pois há concorrência com engenheiros químicos, químicos e na parte laboratorial.

Há também aqueles que desejam sair do interior. Danielle Líbano, estudante de Ciência da Computação, 23 anos, é uma delas. “Já tive pavor do mercado de trabalho, porque é uma área que exige muito conhecimento. Alguns requisitos para os cargos anunciados são surreais, mas já tive experiência como estagiária de programação em JAVA. Para obter sucesso e perder o medo ao procurar um emprego, tem que ter foco! Por exemplo, se eu quero desenvolver, eu não vou procurar um emprego na área de redes. Penso em sair de Bauru para outras oportunidades. Em São Paulo, quando se fala em JAVA, tem bem mais oportunidades do que aqui”, avalia.

Em um mercado que se encontra saturado de profissões e poucas vagas de trabalho, quem se sai bem é o profissional que se prepara para ser o melhor.